terça-feira, 16 de março de 2010

A minha primeira tentativa no messenger

Inicialmente não foi muito fácil lá chegar,mas com um empurrão cheguei.
Entrei em contacto com alguém muito querido,mas sinceramente fiquei desiludida.
Ainda sou daquelas que diz que não há nada que chegue ao "artesanal" o "obsoleto" como dizem muitos hoje em dia, a máquina de escrever que só falhava se a fita não tivesse tinta,o telefone que antigamente só era acessível a alguns mas lá havia um vizinho por outro que o tinha e recebia uma chamada para o outro e lá o ia chamar apresado para o do outro lado da linha não gastar muito e no final do telefonema lá iam dois dedos de conversa e agradecimentos, mas até fazia bem a alma.
A carta ,com aquele cheirinho e aquele som característico dos envelopes de papel muito fininho para não pesar muito e a ânsia de ver o carteiro chegar, para receber noticias das pessoas queridas que por circunstancias da vida, tiveram de partir para sítios distantes e desconhecidos deixando para trás a dor e levando na bagagem saudades e lágrimas e a esperança de um dia voltar e de um futuro melhor.
O postal de boas festas pelo Natal ou Pascoa, o de parabéns pelo aniversario por vezes com uma "notinha" pelo meio embrulhada em papel químico do totobola para ninguém ver e desaparecer, a carta de amor do namorado que se lia na intimidade.
Enfim outras eras outros tempos em que havia mais tempo para viver e se ser feliz contentando-nos com tão pouco.

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